quinta-feira, 14 de abril de 2011

Azul







Sempre olhei para o azul como sendo uma cor sem qualquer importância. Pelo menos para mim, quem escolhia esta cor fosse para o que fosse (roupa, decoração, arte...), era porque não gostava de cor. Quem decidisse por este azul, seria sempre por ser o caminho mais fácil.

Talvez tenha sido pela ida à praia e pelo azul do mar, que parei para pensar um pouco mais nesta cor. De repente realizei que até tenho um candeeiro de pé exactamente neste tom na minha sala, quando nada fazia prever que a usasse neste espaço já que os tons predominantes nada têm a ver com azul. E gosto. Muito. Acho até que o azul faz falta em determinados ambientes porque dá um toque diferente e fica bem com praticamente tudo.

O azul, considerado pelos egípcios a cor da verdade, é também sinónimo de calma e tranquilidade. É uma cor revitalizante, fresca e calmante. 

E depois de ler num livro que tenho sobre a escolha das cores, acho que encontrei um fundamento para esta nova descoberta. Segundo o livro, "a cor do pigmento azul de cobalto, azul médio sem toques de vermelho nem verde é um tom mágico e pouco usado, de grande pureza, sugestivo do mais profundo dos céus estivais".

E de facto, hoje em dia olho para esta cor como sendo especial e profunda. Na medida certa, claro!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Fui à Praia


Ontem, pela primeira vez este ano, fui à praia.
Ao início da tarde, fomos os 4 até à praia do Bico das Lulas, em Tróia. Estava um dia de sonho. Um sol maravilhoso, com uma brisa levezinha, o mar azul turquesa embora ainda frio, a areia branca quase sem pegadas. Aqui e ali havia um ou outro casal, uma ou outra família. E de resto era o sossego absoluto. Acho que estava desesperadamente a precisar de um dia assim. Dá-me paz e ajuda a relativizar uma série de coisas.
Acabámos por jantar num restaurante de praia na Comporta, já numa atmosfera de Verão... Eram quase 10 h da noite e eles ainda brincavam na areia, de fato de banho e pés descalços. Há coisa melhor?
De volta a Lisboa, passámos em Álcacer do Sal, como sempre fazemos sempre que estamos perto, para olhar mais uma vez para aquela que é a casa dos nossos sonhos. Quem sabe um dia...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mercado da Primavera


Só pelo nome já apetece ir. É já esta semana, nos dias 15, 16 e 17 de Abril, que o Museu de Arte Popular, em Belém, vai reeditar o Mercado da Primavera. E o que eu adoro feirinhas e mercadinhos!

Com o tema "Os Nossos Bonecos", retoma-se esta tradição já antiga, mas entretanto esquecida. Com muita dedicação e criatividade, este mercado será certamente uma visita obrigatória para quem gosta de arts&crafts no geral e em concreto, de bonecos feitos por artesãos actuais, de várias regiões do nosso país. 

Tal como tem acontecido um pouco por toda a cidade de Lisboa, há espaços que ficaram talvez um pouco adormecidos nestes últimos anos, mas que aos poucos ganham um novo folêgo, feito por gente nova, para gente nova, sem que seja necessário para isso desvirtuar a função principal para que foi criado - neste caso em particular, para divulgar as actividades artesanais locais de cada cantinho do nosso país. Para além de que faz todo o sentido hoje em dia e cada vez mais, voltar às coisas mais simples da vida.

Mas todo este esforço em revitalizar espaços culturais, só faz sentido se houver quem dê valor e se importe em conhecer um pouco mais sobre a nossa cultura, a nossa gente e a nossa terra. Nestes dias junto ao Tejo, podemos todos voltar a fazer parte de mais uma história retomada, que ainda por cima vem cheia de bonecos e personagens inventadas!

Eu faço questão de lá ir e de levar os meus filhos!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Descontextualizar









Cada vez gosto mais de ambientes diferentes, com personalidade, que tenham alguma coisa de inesperado. Acho que o truque é descontextualizar, isto é, colocar objectos onde "não são supostos estar". Os quartos das crianças podem ser um bom começo para um processo de mudança e experimentalismos de uma alteração mais radical no resto da casa. Normalmente eles são fáceis de convencer :) e desde que continuem com os seus brinquedos preferidos, tudo o resto é literalmente para o lado que dormem melhor!

Basta mudar um pormenor para o aspecto geral da divisão ganhar um novo destaque. Por exemplo, usar tons menos infantis como cinzas ou castanhos, colocar um tapete de pele de vaca ou mesmo de zebra, recuperar um móvel antigo e pintá-lo de uma cor diferente, umas paletes com rodas a fazer de cama ou quem sabe, em vez de colocar o papel de parede onde normalmente se coloca, porque não pô-lo no tecto? 

Acho mesmo que vale a pena incorporar de vez em quando, num ou noutro espaço, um qualquer elemento "fora do baralho". Porque não sair da nossa área de conforto e arriscar um pouco mais? Tenho a certeza que vale a pena. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ainda o Moomah

http://www.moomah.com/

Porque vale a pena espreitar este projecto maravilhoso, aqui está o site. Reparem nas ilustrações, nas imagens, no lettering e em todos os pormenores. Tem qualquer coisa de vintage e ao mesmo tempo tão à frente... So cool!

Moomah





Faz falta um espaço destes em Portugal, ou em Lisboa pelo menos. Qualquer Pai ou Mãe sabe que se quiser fazer uma festa de anos aos seus filhos num qualquer espaço alugado, acaba sempre por ser igual a todas as outras festas de crianças. Invariavelmente, os lanchinhos andam à volta de batatas fritas, sumos artificiais, gomas, doces, sandwiches de pão embalado e com sorte, alguns croquetes. A decoração alterna entre as princesas da Disney para as meninas ou qualquer super-herói para os rapazes. Todas têm insufláveis, pinturas faciais, toalhas, mesas e cadeiras de plástico. Enfim, o básico dos básicos...

No outro dia, descobri este espaço fabuloso em NY feito especialmente para crianças. Aqui não se vê desenhos com palhaços, bonecos de séries de tv, nem sequer cores fluorescentes e primárias. Este espaço foi criado para ir mais além do que o simples e banal "lugar de festas". Está pensado de forma a despertar a criatividade das crianças. Por exemplo as cores escolhidas foram inspiradas na natureza e nas suas 4 estações, a música que se ouve é apenas uma banda sonora de fundo e não sucessos comerciais aos berros, as actividades disponíveis têm a ver com a natureza, trabalhos manuais ou com uma forma mais abstrata de arte, com o propósito de no final fazerem uma exposição a todos os Pais.
Para além disso, todo o espaço está decorado com objectos simples, mas de um bom gosto quase eclético. É um estilo prático, confortável mas onde adultos e crianças se sentem como em casa.
Outra das ideias que eu adoro são os lanches. Claro que há mini pizzas ou croquetes que qualquer criança gosta, mas também há por exemplo, palitos de cenoura crua ou quadradinhos de maçã descascada.

Para mim o Moomah é o exemplo perfeito de como é possível criar um espaço apetecível tanto para crianças como adultos onde todos se sintam bem e possam conviver, aliado a brincadeiras mais infantis mas ajudem a desenvolver capacidades mais criativas, mais calmas e se quiserem mais pedagógicas. Porque brincar e passar tempo com os amigos também é isto!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Work In Progress





Finalmente um livro de decoração que tem realmente a ver com o meu conceito de "decorar"!
"Undecorate", de Christiane Lemieux, fundadora da Dwell Studio é um livro que foi publicado há pouco tempo e que fala da decoração "real", do "dia-a-dia" com diferentes estilos, peças e épocas, feita por quem lá vive. Aqui, tudo é possível. Basta que quem lá viva se sinta verdadeiramente bem naquele espaço e que se identifique com o que é transmitido através do ambiente.

Esta vertente da decoração é baseada na vida quotidiana, nas relações entre as pessoas e tudo o que isso implica. Para nos sentirmos bem em casa não precisamos de ter os candeeiros simétricos, os tecidos coordenados, nem tudo milimetricamente no lugar. 

Há pouco tempo participei num concurso online da revista Elle Deco España onde pediam para definirmos o que significa uma casa perfeita. Reconheço que a minha resposta foi um pouco poética e romântica, mas é a mais pura das verdades: "Para a minha casa ser perfeita tem que ter alma na arquitectura para ter substância, histórias na decoração para ter memórias e banda sonora para ter personalidade."  

Não ganhei o concurso :( mas ao menos consegui concretizar para mim própria o meu conceito de casa perfeita. Tudo o resto numa casa/decoração é e há-de ser sempre um "work in progress". E ainda bem que assim é!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Apetecia-me




Este fim de semana tudo o que me apetecia era aproveitar o sol, a praia, o ar livre e respirar um bocadinho do Verão que se aproxima a passos largos (cada vez tenho mais a certeza de que funciono a energia solar...).

Mas não. Vou preencher o Censos, resolver a declaração de IRS, estudar Ciências da Natureza e fazer exercícios de Língua Portuguesa. Maravilha.