A semana passada fui a casa da minha Avó. Já não ia lá talvez há uns 10 anos, altura em que foi viver com os meus Pais por problemas de saúde.
Continua tudo no mesmo sítio, o cheiro das coisas ainda é o mesmo, o pote onde tinha guardados os toffee crips ou as sombrinhas de chocolate para nos dar sempre que lá íamos ainda está em cima do aparador da casa de jantar, a bolsa com o tricot cheia de novelos de várias cores, as suas pastilhas Valda continuam na gaveta da mesinha ao lado do sofá... enfim, nada mudou e trouxe-me recordações de quando era pequena e eu e as minhas irmãs almoçávamos folhados de salsicha que a minha Avó trazia da pastelaria por baixo do prédio e que nós adorávamos, enquanto fazia rosas de miolo de pão para depois pintarmos com verniz.
Tenho pena que não consiga lá voltar por causa do 3º andar sem elevador. Tenho a certeza que lhe ia fazer bem revisitar tudo o que fez parte da sua vida desde que veio da Bretanha aos 23 anos para casar com um português, o meu Avô.
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